Berggasse 19
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista
<p>A Berggasse 19 é uma publicação semestral da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP), filiada à International Psychoanalytical Association (IPA). Editada desde maio de 2010 em versão impressa e a partir de agosto de 2021 também em versão on-line, tem por objetivo divulgar a produção literária no campo da Psicanálise, bem como de suas interfaces com as diversas áreas do conhecimento humano. Pretende criar espaço de expressão e troca de conhecimentos psicanalítico, cultural e social, favorecendo a expansão e o aprofundamento da Psicanálise e estimulando o diálogo entre pensadores e instituições da comunidade científica sobre temas de interesse comum. Os textos para submissão poderão ser apresentados sob a forma de artigos, ensaios, conferências, reflexões, entrevistas e resenhas.</p> <p> </p>Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Pretopt-BRBerggasse 192177-3033O psicanalista e as (des)humanidades à flor da pele
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/109
<p>A violência do racismo produz terror e alienação como algumas das consequências por não se ter o sofrimento reconhecido. O papel do ambiente e da dimensão relacional em jogo na recusa do reconhecimento dessa violência e o sofrimento que dela decorre são a negação do sujeito. As ideias de Ferenczi tais como trauma, confusão de línguas, identificação com o agressor e o desmentido podem se apresentar na sala de análise quando nos encontramos com dores dessa natureza, e podemos pensar nas consequências para a mente do sujeito negro em relação à busca por recuperar o sentido perdido ao longo de tantos desmentidos. Este trabalho coloca o tema do racismo no divã e busca trazer para o centro da discussão o questionamento sobre o papel do psicanalista. Como poderíamos avançar no processo de investigação dessa área traumática da desumanização do povo negro e integrar aspectos impensáveis no Eu-psicanalista?</p>Carla Cristina Pierre Bellodi
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2024-04-042024-04-04132677710.57168/b19.v13i2.109Editorial
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/102
<p>Berggasse 19 - Revista de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto, Vol. XIII, Núm. 2 - 2023.</p>Ana Cláudia G. R. de Almeida
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2024-04-042024-04-041325810.57168/b19.v13i2.102Conversando com Ana Rita Nuti Pontes
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/110
<p>A presente entrevista foi realizada na sede da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP) em 11 de novembro de 2023 e, tendo acontecido no formato presencial, foi também gravada para compor o acervo audiovisual da Sociedade. Nossa entrevistada Ana Rita Nuti Pontes é psicóloga, membro efetivo com funções didáticas da SBPRP e membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Participaram desta conversa as editoras Ana Cláudia G. R. de Almeida, Alessandra Paula Teobaldo Stocche e Renata Sarti. </p>Ana Rita Nuti Pontes
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2024-04-042024-04-04132809210.57168/b19.v13i2.110Sobre as múltiplas luas do céu
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/108
<p>A autora traz sua relação clínica com uma criança, fazendo referência ao trabalho de Thomas H. Ogden intitulado “Sobre três formas de pensar”. A partir de um trânsito ao pensamento “mágico”, “onírico” e “transformativo”, vai tecendo sua relação analítica, referindo que aos encontros não se consagram lugares de certeza, mas sim de esperança e compartilhamento. Sugere acolher a ideia de que o autêntico pensamento não deixa imune aquilo que se sonha, e vice-versa. </p>Ana Regina Morandini Caldeira
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2024-04-042024-04-04132546510.57168/b19.v13i2.108Uma certa pulsão de humanidade
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/103
<p>Inspirada no conto de Bradbury “O sorriso”, a autora reflete sobre o processo de humanização do ser humano. Partindo de características específicas à natureza humana, a bestialidade e a condição para amar, contextualiza a humanidade e seus conflitos evidenciando como a capacidade de amar/construir e odiar/destruir são vertentes de difícil reconhecimento e lida. Destaca a importância da arte como conectora do sujeito consigo mesmo, com o outro e com o universo, significando e ressignificando o seu existir. Do ponto de vista psicanalítico, considera que o que humaniza são os vínculos que se estabelecem e criam condições favoráveis de identificação com o outro, sendo o reconhecimento e consequente identificação com o outro condições básicas para o processo de humanização do sujeito e do desenvolvimento da consideração pela vida e da compaixão pelo semelhante. Aborda as manifestações da ordem do desumanizado vigentes na cultura contemporânea, quando o outro pode ser destruído e descartado sem pudor, como expressões de estados originais de desamparo. Inspirada em Meltzer, propõe a “pulsão de humanidade”, constituída nas primeiras relações humanas com o seu ambiente – na beleza do encontro, na beleza enquanto sentimentos amorosos e éticos em relação a tudo que tem a ver com a vida. </p>Ana Rita Nuti Pontes
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2024-04-042024-04-04132101810.57168/b19.v13i2.103Um analista humano
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/104
<p>O autor explora a emoção do amor com ênfase na contratransferência do analista. Propõe elementos do mito do Fio de Ariadne como pictogramas a rastrear os papéis e as funções do analista na relação íntima consigo mesmo e com o analisando. Utiliza a controversa conceituação de Searles (1959/1965) sobre o Complexo de Édipo, na qual o amor romântico e sexual da criança é, de fato, correspondido pelo seu genitor, para propor uma nova compreensão do manejo clínico da transferência e contratransferência erótica.</p>Paulo de Moraes Mendonça Ribeiro
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2024-04-042024-04-04132193010.57168/b19.v13i2.104Um sussurro de esperança
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/105
<p>Este artigo é uma expansão de um texto apresentado na VI Bienal de Psicanálise e Cultura de Ribeirão Preto, em que a autora dialoga com a obra de Noemi Jaffe. Destaca elementos de interesse para a clínica psicanalítica como a hospitalidade, o tempo, os objetos, as raízes e o exílio. Trata da importância da linguagem como principal recurso do analista. O anseio de expressão acompanha o anseio de ser transformado pela experiência. As artes e a literatura, em especial, enriquecem o repertório de metáforas que ressoam as experiências sensoriais e afetivas. </p>Mirian Malzyner
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2024-04-042024-04-04132314010.57168/b19.v13i2.105A musicalidade do analista, o psiquismo primordial e o trabalho interpretativo
https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/107
<p>A autora apresenta algumas ideias frutos de trocas entre músicos – principalmente cantores – e psicanalistas, com reflexões sobre o que é a música, o que é o canto, que emoções se expressam na música e qual a sua natureza, criando modelos para pensar o fazer analítico em evolução constante. Utiliza, em um segundo momento, observações sobre o sonhar do analista durante a sessão, impregnado de lembranças de canções brasileiras que falam das vivências do homem comum. Por fim, relaciona esse fenômeno a possíveis captações de aspectos da mente embrionária em analista e analisando, propiciadoras de formulações de interpretações.</p>Beatriz Troncon Busatto
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2024-04-042024-04-04132415210.57168/b19.v13i2.107