Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista <p>A Berggasse 19 é uma publicação semestral da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP), filiada à International Psychoanalytical Association (IPA). Editada desde maio de 2010 em versão impressa e a partir de agosto de 2021 também em versão on-line, tem por objetivo divulgar a produção literária no campo da Psicanálise, bem como de suas interfaces com as diversas áreas do conhecimento humano. Pretende criar espaço de expressão e troca de conhecimentos psicanalítico, cultural e social, favorecendo a expansão e o aprofundamento da Psicanálise e estimulando o diálogo entre pensadores e instituições da comunidade científica sobre temas de interesse comum. Os textos para submissão poderão ser apresentados sob a forma de artigos, ensaios, conferências, reflexões, entrevistas e resenhas.</p> <p> </p> pt-BR berggasse@sbprp.com.br (Ana Cláudia Gonçalves Ribeiro de Almeida) suporteb19@sbprp.org.br (Vanessa Alves Zagatto) qui, 05 set 2024 14:05:17 -0300 OJS 3.2.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Conversando com Maria Elizabeth Mori https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/128 <p>Entrevista realizada com Maria Elizabeth Mori, muito conhecida como Beth Mori, psicóloga, mestre e doutoranda em psicologia clínica e cultura pela UnB, membro associado da Sociedade de Psicanálise de Brasília,coordenadora da equipe de curadoria do Observatório Psicanalítico, da Febrapsi – que, inclusive, foi premiado pela IPA no World Community, no 53º Congresso Internacional de Psicanálise, realizado em Cartagena das Índias (Colômbia), em julho de 2023, na área de cultura – e, por fim, coordenadora do podcast Mirante.&nbsp;</p> Maria Elizabeth Mori Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/128 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Arrogância e corrupção https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/125 <p>Partindo dos textos sociais de Freud, neste artigo são oferecidas reflexões sobre a herança colonial do Brasil – desde a chegada das primeiras expedições marítimas portuguesas – enquanto propulsora da corrupção nas esferas públicas governamentais como uma cultura ancestral. Sigmund Freud aponta que a crueldade é constitutiva do ser humano e está associada à prevalência da pulsão de morte, e que a violência social tem as formas de dominação como pano de fundo. Nesse contexto, podemos incluir a crueldade na perspectiva sociológica, que implica a emergência de violências sociais sem qualquer motivo aparente. Esse dispositivo de desigualdade e dominação faz sofrer os povos originários e as camadas sociais mais desprivilegiadas. A perversidade, expressa em forma de arrogância, opera numa ordem em que alguns seres humanos acreditam que merecem viver com mais conforto, saúde e segurança do que outros. Esse funcionamento perverso alimenta a parte mais triste e horrorosa da história da humanidade, marcada por genocídios e negligências que se repetem por serem sintomas estruturais do mecanismo social.&nbsp;</p> Luciana Marchetti Torrano Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/125 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Novas perspectivas sobre a Teoria do Campo Analítico https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/117 <p>O autor propõe inovações na Teoria do Campo Analítico a partir da consideração de algumas duplas binárias de conceitos, tais como reconhecimento/arrogância, Eu-você/Nós, deformação/transformação, leigo/confessional, interpretação/conversa, automal-entendido cientificista/religioso, fatores variáveis/invariantes da função psicanálise, eu-grupo/eu-massa, exercícios/improvisação e assim por diante. Para articular essas oposições conceituais em uma espécie de esquema pessoal, propõe três instrumentos: a bússola do inconsciente, o triângulo dos vértices de escuta e o círculo da Capacidade Negativa. No presente artigo, procura examinar os principais pontos dessas suas proposições, incluindo exemplos clínicos ilustrativos.</p> Giuseppe Civitarese Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/117 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Nuove prospettive sulla Teoria del Campo Analitico https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/118 <p>Le innovazioni che ho introdotto nella Teoria del Campo Analitico (TCA) ruotano attorno ad alcune coppie binarie di concetti, come riconoscimento/arroganza, Io-tu/Noi (we-ness), deformazione/trasformazione, laico/confessionale (in riferimento alla concezione dell’inconscio), interpretazione/conversazione, auto-fraintendimento scientista/auto-fraintendimento religioso (della psicanalisi), fattori variabili/invarianti della funzione psicanalisi (la ‘funzione PA’ di Bion), io-gruppo/io-massa, esercizi/improvvisazione, e così via. Per articolare queste opposizioni concettuali in una sorta di schema personale, ho creato tre semplici strumenti: la bussola dell’inconscio (Civitarese, 2023a, 2023b, 2023c), il triangolo dei vertici di ascolto e il circolo della Capacità Negativa. È impossibile coprire tutti i punti in maniera esaustiva, ma cercherò di accennare ai principali.</p> Giuseppe Civitarese Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/118 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Sexualidade https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/119 <p>Freud introduziu a psicossexualidade no debate filosófico, reprimida pelo platonismo, cristianismo e toda herança filosófica que separava a alma do corpo e colocava o corpo como um subalterno animal. O paradigma epistemológico de sua época tratava da diferença entre dois sexos, universalizando subjetividades a partir da anatomia. Críticas contemporâneas reconhecem essas limitações e apontam a necessidade de compreender a diversidade de gêneros e sexualidades. Movimentos feministas e a teoria queer desafiaram as normas estabelecidas, promovendo uma visão plural de sexualidades e gêneros. Destacam que a psicanálise não deve reificar papéis de gênero, mas reconhecê-los como variáveis e múltiplos. Nesse aspecto é essencial avançar e pensar o freudismo pós-desconstrução. A desconstrução é crucial para questionar estruturas rígidas e revelar a diversidade, afinal a diferença é o originário. Para Freud nada do psíquico é permanente. Todo o arranjo psíquico é temporário, transitório. Para compreender o sexual contemporâneo, é necessário abrir as janelas de nossos consultórios para que os acontecimentos do mundo atravessem a dupla analista-analisando, evitando muros que bloqueiem o fluxo dos saberes localizados e das perspectivas parciais e nos retirem de atitudes pautadas por uma arrogância epistemológica.&nbsp;</p> Maria Elizabeth Mori Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/119 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 “Simples espera” https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/120 <p>Inspirada em alguns versos sobre o tempo, do poeta Mia Couto, a autora trata da capacidade de espera do analista quanto ao desconhecido da sessão e relaciona esse estado à capacidade negativa, proposta por Bion. Salienta a importância da disciplina da espera – um estado de contemplação ligado ao gérmen de uma ideia – para que esse pensamento se desenvolva. Destaca, por fim, o valor de manter a indagação aberta, para fazer de cada concepção uma pré-concepção.</p> Maria Aparecida Sidericoudes Polacchini Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/120 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Espera/esperança https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/121 <p>A tolerância a experienciar um estado de mente específico de quando se espera por algo pode se traduzir em esperança ou desesperança. Esse espaçotempo, próprio desses momentos, pode ser revelador das fantasias conscientes ou inconscientes que, premidas pela ansiedade que a espera desperta, emergem e tomam conta da mente, propiciando o surgimento da capacidade de pensar/sonhar, ou de uma apatia avassaladora própria das patologias do vazio. Suportar esperar implica a manutenção do estado de esperança no tempo.</p> Ana Rita Nuti Pontes Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/121 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Afetos em emergência https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/122 <p>O texto aborda a condição emocional que alcançamos quando estamos nas “múltiplas salas de espera da vida”. O tempo cronológico flui num único sentido, e o indivíduo, ao deparar-se com o que chegou ao fim, com o que não é ou com impossibilidades, necessita de trabalho interno para tolerar esses eventos: luto (Freud, 1916/1976, 1920/2006) e capacidade para amar (Bion, 1992/2000). Clinicamente, podemos pressupor a condição emocional do analisando num dado instante, observando a qualidade alcançada das representações de suas experiências emocionais (Bion, 1965/2004). Outro elemento que pode ser conjecturado é a forma como o indivíduo vivencia o tempo nas diferentes qualidades de transformações (Caseiro, 2019, 2022; Chuster, 2018a, 2018b, 2021). A autora apresenta vinhetas clínicas procurando demonstrar essas questões.</p> Sandra Nunes Caseiro Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/122 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Patologia clínica e patologia social https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/123 <p>A autora propõe que o aprimoramento da teoria e do trabalho clínico psicanalítico propicia também um engajamento social importante. Apoiando-se na afirmação de Boaventura de Sousa Santos (1889/2003) de que todo conhecimento é em si uma prática social, amplia a discussão na especificidade da psicanálise, considerando que, a partir da experiência clínica individual, se pode apreender também a base da dinâmica de comportamentos sociais e com isto abrir espaço para atuações mais diretas e efetivas do psicanalista. Contudo, salienta que é preciso aceitar as limitações da prática psicanalítica sem cair na postura arrogante ou ingênua de que ela deve se amoldar ao social ou solucionar questões humanas complexas de forma simplista. Conclui afirmando que o espaço da clínica continua sendo o lugar para a mais eficiente ação que o psicanalista tem a oferecer.</p> Suad Haddad de Andrade Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/123 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Resenha de O êxtase das coisas, de Walter Trinca https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/127 <p>LIVRO: O êxtase das coisas: o destino imaterial do mundo real<br>AUTORIA: Walter Trinca<br>EDITORA: Blucher<br>ANO DE PUBLICAÇÃO: 2023</p> Marilucia Melo Meireles Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/127 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Das reverberações da gestação da analista https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/124 <p>A autora discute as reverberações de sua gestação em sua clínica, apresentando uma experiência de atendimento on-line a uma criança, em meio à pandemia. Propõe ressonhá-la através de um conto escrito por Clarice Lispector, “A legião estrangeira”, e realiza uma leitura psicanalítica do material clínico. A comunicação da gestação à paciente é analisada considerando os circuitos transferenciais, convocando a analista ao ofício. As repercussões na relação analítica são aprofundadas partindo da ideia de cesura de Bion e discutindo outros conceitos psicanalíticos emergentes do material apresentado. Se, por um lado, a gestação da analista provoca perturbação no setting, por outro, sustentada a função analítica, pode possibilitar a expansão do trabalho da análise, adquirindo, tal qual uma gestação, novos contornos.&nbsp;</p> Ana Flávia de Oliveira Santos Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/124 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300 Editorial https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/116 <p>Berggasse 19 - Revista de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto, Vol. XIV, Núm. 2 - 2024.</p> Alessandra Paula Teobaldo Stocche, Ana Cláudia G. R. de Almeida Copyright (c) 2024 Berggasse 19 https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/116 qui, 05 set 2024 00:00:00 -0300