Sexualidade

de Freud à contemporaneidade

Autores

  • Maria Elizabeth Mori Sociedade de Psicanálise de Brasília

Palavras-chave:

sexualidade, Freud, feminismo, desconstrução, saberes localizados

Resumo

Freud introduziu a psicossexualidade no debate filosófico, reprimida pelo platonismo, cristianismo e toda herança filosófica que separava a alma do corpo e colocava o corpo como um subalterno animal. O paradigma epistemológico de sua época tratava da diferença entre dois sexos, universalizando subjetividades a partir da anatomia. Críticas contemporâneas reconhecem essas limitações e apontam a necessidade de compreender a diversidade de gêneros e sexualidades. Movimentos feministas e a teoria queer desafiaram as normas estabelecidas, promovendo uma visão plural de sexualidades e gêneros. Destacam que a psicanálise não deve reificar papéis de gênero, mas reconhecê-los como variáveis e múltiplos. Nesse aspecto é essencial avançar e pensar o freudismo pós-desconstrução. A desconstrução é crucial para questionar estruturas rígidas e revelar a diversidade, afinal a diferença é o originário. Para Freud nada do psíquico é permanente. Todo o arranjo psíquico é temporário, transitório. Para compreender o sexual contemporâneo, é necessário abrir as janelas de nossos consultórios para que os acontecimentos do mundo atravessem a dupla analista-analisando, evitando muros que bloqueiem o fluxo dos saberes localizados e das perspectivas parciais e nos retirem de atitudes pautadas por uma arrogância epistemológica. 

Biografia do Autor

Maria Elizabeth Mori, Sociedade de Psicanálise de Brasília

Psicóloga e psicanalista. Mestre e doutoranda em psicanálise e cultura. Psicanalista da SPBsb.

Downloads

Publicado

2024-09-05

Como Citar

Mori, M. E. (2024). Sexualidade: de Freud à contemporaneidade. Berggasse 19, 14(1), 28–41. Recuperado de https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/119