Sexualidade
de Freud à contemporaneidade
Palavras-chave:
sexualidade, Freud, feminismo, desconstrução, saberes localizadosResumo
Freud introduziu a psicossexualidade no debate filosófico, reprimida pelo platonismo, cristianismo e toda herança filosófica que separava a alma do corpo e colocava o corpo como um subalterno animal. O paradigma epistemológico de sua época tratava da diferença entre dois sexos, universalizando subjetividades a partir da anatomia. Críticas contemporâneas reconhecem essas limitações e apontam a necessidade de compreender a diversidade de gêneros e sexualidades. Movimentos feministas e a teoria queer desafiaram as normas estabelecidas, promovendo uma visão plural de sexualidades e gêneros. Destacam que a psicanálise não deve reificar papéis de gênero, mas reconhecê-los como variáveis e múltiplos. Nesse aspecto é essencial avançar e pensar o freudismo pós-desconstrução. A desconstrução é crucial para questionar estruturas rígidas e revelar a diversidade, afinal a diferença é o originário. Para Freud nada do psíquico é permanente. Todo o arranjo psíquico é temporário, transitório. Para compreender o sexual contemporâneo, é necessário abrir as janelas de nossos consultórios para que os acontecimentos do mundo atravessem a dupla analista-analisando, evitando muros que bloqueiem o fluxo dos saberes localizados e das perspectivas parciais e nos retirem de atitudes pautadas por uma arrogância epistemológica.