O mal-estar contemporâneo, sentimento oceânico e humanidade
Palavras-chave:
mal-estar contemporâneo, sentimento oceânico, rêverie, psicanálise socialResumo
O presente artigo retoma os textos sociais de Freud escritos entre 1927 e 1930 e remonta à sua atualidade com reflexões referentes ao século XXI. Para Freud a cultura é a soma das realizações e disposições que orientam nossa vida, e exige renúncias para proteger os seres humanos gregários de seus impulsos destrutivos. Se o paradigma contemporâneo nasce da luta travada nos séculos anteriores por liberdade e para garantir o livre comércio entre os países e os direitos humanos, algo fracassou, já que não temos liberdade de ir e vir, nem segurança. O contexto de crise mundial traz à baila as repercussões na clínica on-line e as interferências do contexto de crise no setting. Neste sentido é proposto à psicanálise contemporânea resgatar o conceito de sentimento oceânico e construir uma analogia entre a rêverie materna e o filtro da ciência e educação para preservação da vida e da Terra.