Sobre a metaobservação

da sensorialidade ao pensamento

Autores

  • Thaís Helena Thomé Marques Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

Palavras-chave:

metassistema, metaobservação, holograma, sensorialidade

Resumo

A autora parte da ideia de que a base das observações psicanalíticas transita desde a sensorialidade em direção à não sensorialidade até o mental. Desenvolve conjecturas a respeito de sistemas de observação psicanalítica utilizando a perspectiva
da teoria da complexidade proposta por Edgar Morin para se aproximar da ideia da multidimensionalidade da mente. Sugere essa abordagem usando como analogia o holograma. Nessa proposta, a parte escolhida intuitivamente pelo analista para observar contém o todo, isto é, a experiência em curso no momento. Sugere que o registro possível de um encontro entre duas mentes se dê por uma ruptura de simetria que promove uma assimetria que pode ser reconfigurada. Utiliza, nessa proposta, o
que denomina “encruzilhada”, a decisão do analista por um determinado vértice de observação que permita continuidade na observação compartilhada. Esse percurso que privilegia a transcendência do impasse à encruzilhada, do contínuo ao descontínuo, do sistema ao metassistema abre perspectivas para expandir a observação. O pensamento complexo, não mais binário, mas como ponto de partida, põe em movimento o previsível e o inesperado, o lado material e o imaterial, as latências pelo caminho da observação.

Biografia do Autor

Thaís Helena Thomé Marques, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

Psicóloga. Membro efetivo com funções didáticas da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP)

Downloads

Publicado

2022-08-16

Como Citar

Thomé Marques, T. H. (2022). Sobre a metaobservação: da sensorialidade ao pensamento. Berggasse 19, 12(1), 12–26. Recuperado de https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/56