Faces do humano em Guernica

violência e arte

Autores

  • Maria Bernadete Amêndola Contart de Assis Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.87

Palavras-chave:

violência, criatividade, contemporaneidade

Resumo

A autora aborda o tema das faces contrastantes do ser humano: a violência e a criatividade, inspirando-se na obra de arte de Picasso, Guernica. Nessa obra estão presentes duas faces do ser humano que se pretende discutir no artigo: a ação violenta dos nazistas no bombardeio à cidade de Guernica e a criatividade de Picasso ao produzir uma obra que é a um só tempo um manifesto contra a guerra e um alerta à presença da destrutividade no ser humano. São expostas resumidamente as ideias de Freud, Klein e Green sobre as pulsões de vida e morte, destacando como essas forças comparecem nas relações sociais. Em seguida, apoiada em algumas ideias de Bion sobre o funcionamento mental, a autora considera que a destrutividade está relacionada a processos mentais que impedem os movimentos próprios do sonhar/pensar/criar, favorecendo sistemas de certezas inquestionáveis que desembocam em fanatismos e desconsideração pela singularidade do outro. Ao final, acrescentam-se algumas reflexões sobre características do mundo contemporâneo que podem prejudicar o desenvolvimento dos processos criativos e, assim, favorecer a atuação da destrutividade, em suas mais diversas formas.

Biografia do Autor

Maria Bernadete Amêndola Contart de Assis, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

Psicóloga e psicanalista. Doutora em psicologia escolar. Membro efetivo com funções didáticas da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP) e membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). 

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Publicado

2023-09-15

Como Citar

Assis, M. B. A. C. de. (2023). Faces do humano em Guernica: violência e arte. Berggasse 19, 13(1), 10–21. https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.87