O que há de Eu em Mim
em direção a havendo
DOI:
https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.92Palavras-chave:
consciente, inconsciente, finito, infinito, verdadeResumo
O texto aborda reflexões sobre o Eu e o Mim, inspirado pela homenagem do Congresso Brasileiro de Psicanálise de 2023 aos 100 anos do artigo de Freud “O Eu e o Id”. Partindo de Freud, a autora toma como norte a teoria psicanalítica de Bion que propõe uma mudança de ênfase do par consciente <-> inconsciente para o par finito <-> infinito e apresenta a pré-concepção como um estado de expectativa para a busca de realizações, sinalizando que Bion ressalta a importância de nos aproximarmos de nossas “verdades” em cada momento para desenvolver e expandir nossa personalidade. São apresentados trechos de contos de autores como Luigi Pirandello, Machado de Assis e Guimarães Rosa, que discutem a identidade, o autoconhecimento e a complexidade do ser humano. A partir desses contos, a autora explora diferentes vértices de pensamento sobre a constituição do Eu e do Mim. A vinheta clínica relatada mostra um momento de aproximação entre analista e analisando, e entre as “verdades” de cada um naquele instante, gerando uma mudança significativa no campo psicanalítico. Por fim, um conto de Julio Cortázar é colocado como um modelo dessa qualidade de experiência de aproximação de si mesmo e da evitação dela.