Sobre silenciamentos

Autores

  • Eliane Grass Ferreira Nogueira Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.98

Palavras-chave:

racismo, políticas afirmativas, branquitude, instituições psicanalíticas

Resumo

O presente artigo propõe reflexões e levanta questionamentos a respeito das dinâmicas institucionais das sociedades de psicanálise quanto aos temas do racismo, branquitude e negritude. Apresenta a realidade do número baixíssimo de negros, pardos e indígenas membros dos institutos de formação dessas instituições e o consequentemente também baixo número de psicanalistas não brancos. Propõe que a expressão de tal realidade nas instituições psicanalíticas compõe o tecido social mais amplo que também reproduz e expressa a exclusão de negros, pardos e indígenas de determinados ambientes sociais, culturais e educacionais, e procura contextualizar historicamente o movimento que naturaliza tal exclusão e silencia qualquer possibilidade de debate e discussão sobre tais fatos. Como membro e ex-coordenadora do Projeto Ubuntu, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre, programa de bolsas sociais para a formação de psicanalistas negros e indígenas, a autora propõe que políticas afirmativas como essa podem ser um dos instrumentos para fazer frente à injusta exclusão e ao silenciamento diante dela.

Biografia do Autor

Eliane Grass Ferreira Nogueira, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicanalista. Membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre (SBPdePA) e membro fundador do Projeto Ubuntu (programa de bolsas de formação psicanalítica para profissionais negros, negras e indígenas). 

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Publicado

2023-09-15

Como Citar

Nogueira, E. G. F. (2023). Sobre silenciamentos. Berggasse 19, 13(1), 125–134. https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.98

Edição

Seção

Psicanálise em Língua Portuguesa