Uma certa pulsão de humanidade

Autores

  • Ana Rita Nuti Pontes Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.57168/b19.v13i2.103

Palavras-chave:

pulsão, humanização, pulsão de humanidade, conflito estético

Resumo

Inspirada no conto de Bradbury “O sorriso”, a autora reflete sobre o processo de humanização do ser humano. Partindo de características específicas à natureza humana, a bestialidade e a condição para amar, contextualiza a humanidade e seus conflitos evidenciando como a capacidade de amar/construir e odiar/destruir são vertentes de difícil reconhecimento e lida. Destaca a importância da arte como conectora do sujeito consigo mesmo, com o outro e com o universo, significando e ressignificando o seu existir. Do ponto de vista psicanalítico, considera que o que humaniza são os vínculos que se estabelecem e criam condições favoráveis de identificação com o outro, sendo o reconhecimento e consequente identificação com o outro condições básicas para o processo de humanização do sujeito e do desenvolvimento da consideração pela vida e da compaixão pelo semelhante. Aborda as manifestações da ordem do desumanizado vigentes na cultura contemporânea, quando o outro pode ser destruído e descartado sem pudor, como expressões de estados originais de desamparo. Inspirada em Meltzer, propõe a “pulsão de humanidade”, constituída nas primeiras relações humanas com o seu ambiente – na beleza do encontro, na beleza enquanto sentimentos amorosos e éticos em relação a tudo que tem a ver com a vida. 

Biografia do Autor

Ana Rita Nuti Pontes, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

Psicóloga e psicanalista. Membro efetivo com funções didáticas da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP) e membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). 

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Publicado

2024-04-04

Como Citar

Pontes, A. R. N. (2024). Uma certa pulsão de humanidade. Berggasse 19, 13(2), 10–18. https://doi.org/10.57168/b19.v13i2.103