Uma certa pulsão de humanidade
DOI:
https://doi.org/10.57168/b19.v13i2.103Palabras clave:
pulsão, humanização, pulsão de humanidade, conflito estéticoResumen
Inspirada no conto de Bradbury “O sorriso”, a autora reflete sobre o processo de humanização do ser humano. Partindo de características específicas à natureza humana, a bestialidade e a condição para amar, contextualiza a humanidade e seus conflitos evidenciando como a capacidade de amar/construir e odiar/destruir são vertentes de difícil reconhecimento e lida. Destaca a importância da arte como conectora do sujeito consigo mesmo, com o outro e com o universo, significando e ressignificando o seu existir. Do ponto de vista psicanalítico, considera que o que humaniza são os vínculos que se estabelecem e criam condições favoráveis de identificação com o outro, sendo o reconhecimento e consequente identificação com o outro condições básicas para o processo de humanização do sujeito e do desenvolvimento da consideração pela vida e da compaixão pelo semelhante. Aborda as manifestações da ordem do desumanizado vigentes na cultura contemporânea, quando o outro pode ser destruído e descartado sem pudor, como expressões de estados originais de desamparo. Inspirada em Meltzer, propõe a “pulsão de humanidade”, constituída nas primeiras relações humanas com o seu ambiente – na beleza do encontro, na beleza enquanto sentimentos amorosos e éticos em relação a tudo que tem a ver com a vida.