“Pêlo colo, me colo? Pelo colo, des-colo?”

sobre o nas-Ser de uma criança com transtorno do espectro autista

Autores

  • Helga S. M. Quagliatto Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)

Palavras-chave:

transtorno do espectro autista, constituição psíquica, envelope psíquico, pele psíquica

Resumo

Na sala de análise, uma criança de 3 anos de idade com transtorno do espectro autista manifestava terrores no nível pré-verbal, pré-imagético e pré-conceitual (Tustin, 1990) diante de condições traumáticas de separação. A partir de uma sessão em que a analista, sentada no chão para se aproximar do seu pequeno paciente, é surpreendida quando ele aloja todo o corpo, imóvel, sobre suas pernas, relata-se uma experiência de “colagem” sensorial, pêlo a pêlo, pele a pele. A contínua repetição espontânea dessa experiência emocional permitiu um trabalho gradual e lúdico de reconhecimento da pele como um envelope psíquico para o processo de separação/individuação da criança, como um a-pelo ao seu nas-Ser psíquico.

Biografia do Autor

Helga S. M. Quagliatto, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)

Psicanalista e psicóloga. Membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), membro do Núcleo de Psicanálise de Uberlândia e Região (NPU) e coordenadora do Núcleo de Investigação Psicanalítica da Infância (Nipi).

Downloads

Publicado

2022-08-16

Como Citar

S. M. Quagliatto, H. (2022). “Pêlo colo, me colo? Pelo colo, des-colo?”: sobre o nas-Ser de uma criança com transtorno do espectro autista. Berggasse 19, 12(1), 78–86. Recuperado de https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/65

Edição

Seção

Infância e Família