“Pêlo colo, me colo? Pelo colo, des-colo?”
sobre o nas-Ser de uma criança com transtorno do espectro autista
Palabras clave:
transtorno do espectro autista, constituição psíquica, envelope psíquico, pele psíquicaResumen
Na sala de análise, uma criança de 3 anos de idade com transtorno do espectro autista manifestava terrores no nível pré-verbal, pré-imagético e pré-conceitual (Tustin, 1990) diante de condições traumáticas de separação. A partir de uma sessão em que a analista, sentada no chão para se aproximar do seu pequeno paciente, é surpreendida quando ele aloja todo o corpo, imóvel, sobre suas pernas, relata-se uma experiência de “colagem” sensorial, pêlo a pêlo, pele a pele. A contínua repetição espontânea dessa experiência emocional permitiu um trabalho gradual e lúdico de reconhecimento da pele como um envelope psíquico para o processo de separação/individuação da criança, como um a-pelo ao seu nas-Ser psíquico.