Arrogância e corrupção

reflexões sobre as heranças coloniais do Brasil

Autores/as

  • Luciana Marchetti Torrano Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

Palabras clave:

psicanálise social, corrupção, arrogância, crueldade, colonialismo

Resumen

Partindo dos textos sociais de Freud, neste artigo são oferecidas reflexões sobre a herança colonial do Brasil – desde a chegada das primeiras expedições marítimas portuguesas – enquanto propulsora da corrupção nas esferas públicas governamentais como uma cultura ancestral. Sigmund Freud aponta que a crueldade é constitutiva do ser humano e está associada à prevalência da pulsão de morte, e que a violência social tem as formas de dominação como pano de fundo. Nesse contexto, podemos incluir a crueldade na perspectiva sociológica, que implica a emergência de violências sociais sem qualquer motivo aparente. Esse dispositivo de desigualdade e dominação faz sofrer os povos originários e as camadas sociais mais desprivilegiadas. A perversidade, expressa em forma de arrogância, opera numa ordem em que alguns seres humanos acreditam que merecem viver com mais conforto, saúde e segurança do que outros. Esse funcionamento perverso alimenta a parte mais triste e horrorosa da história da humanidade, marcada por genocídios e negligências que se repetem por serem sintomas estruturais do mecanismo social. 

Biografía del autor/a

Luciana Marchetti Torrano, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto

Psicóloga. Doutora em psicologia. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP), membro da Comissão de Casal e Família da Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi) e da International Psychoanalytical Association (IPA).

Publicado

2024-09-05

Cómo citar

Torrano, L. M. (2024). Arrogância e corrupção: reflexões sobre as heranças coloniais do Brasil. Berggasse 19, 14(1), 94–103. Recuperado a partir de https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/125

Número

Sección

Psicanálise em Língua Portuguesa