Clínica da primeira ou primeiríssima infância

a clínica da delicadeza

Autores

  • Maria Cecília Pereira da Silva Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Palavras-chave:

mente primitiva, intersubjetividade, parentalidade, primeiríssima infância, intervenção nas relações pais-bebê

Resumo

A clínica da primeiríssima infância introduz não somente um novo campo dentro do cenário psicanalítico, como cria novidades na clínica e na compreensão da estruturação do psiquismo, pois permite acompanhar no momento presente a construção do psiquismo, concomitante ao desenvolvimento das relações entre pais e bebê. Tem trazido contribuições importantes para a compreensão dos sofrimentos psíquicos que envolvem questões narcísicas e identitárias, aproximando-nos de marcas psíquicas deixadas pelas primeiras experiências emocionais. A interação do aparelho psíquico, que é sempre uma representação do vínculo, no vínculo e através do vínculo, se dá precisamente na interface do interpessoal com o intrapsíquico; as psicoterapias pais-bebê favorecem particularmente o duplo movimento de internalização e especularização subjacente à passagem do registro interpessoal ao intrapsíquico. No âmbito das terapias pais-bebê, podemos imaginar que o trabalho psíquico – do terceiro, o terapeuta ou coterapeuta – intervém justamente para abrir o caminho para esse duplo processo de internalização e de especularização. 

Biografia do Autor

Maria Cecília Pereira da Silva, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Psicanalista. Doutora em psicologia clínica. Membro efetivo, analista didata, analista de criança e adolescente e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP).

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Publicado

2025-06-03

Como Citar

Silva, M. C. P. da. (2025). Clínica da primeira ou primeiríssima infância: a clínica da delicadeza. Berggasse 19, 14(2), 54–76. Recuperado de https://berggasse19.emnuvens.com.br/revista/article/view/138

Edição

Seção

Infância e Família