A terra morta do colonialismo português

Autores

  • Elsa Couchinho Sociedade Portuguesa de Psicanálise

DOI:

https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.97

Palavras-chave:

colonialismo, racismo, transmissão radioativa, tela intermediária

Resumo

O passado colonialista português caracteriza-se por uma história em que os elementos de violência social e de episódios traumáticos permanecem em busca de reconhecimento, de representação e elaboração psíquica. A mentalidade colonialista e racista persiste, fazendo parte da Identidade de Grande Grupo e contribui para uma transmissão radioativa dos elementos traumáticos não elaborados. As catástrofes sociais, fruto da ação de seres humanos sobre outros seres humanos, suscitam um tempo de latência durante o qual a memória e o reconhecimento coletivos se encontram comprometidos, gerando uma ausência de ressonância afetiva perante os seus efeitos. As produções culturais em torno desses temas podem constituir-se como telas intermediárias contribuindo para a possibilidade de representação e elaboração mental dos elementos traumáticos da história coletiva e individual. 

Biografia do Autor

Elsa Couchinho, Sociedade Portuguesa de Psicanálise

Psicanalista. Mestre em psicologia clínica. Membro associado da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP) e da Associação Psicanalítica Internacional (IPA), psicanalista de crianças e adolescentes pelo Child and Adolescent Psychoanalysis Committee (Cocap-IPA) e formadora do Instituto de Psicanálise da SPP.

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Publicado

2023-09-15

Como Citar

Couchinho, E. (2023). A terra morta do colonialismo português. Berggasse 19, 13(1), 118–124. https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.97

Edição

Seção

Psicanálise em Língua Portuguesa