Outros tempos e o tempo dos outros

Autores

  • Nurit Bensusan Instituto Socioambiental (ISA)

DOI:

https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.90

Palavras-chave:

projeto colonial, povos originários, tempo, natureza-cultura

Resumo

A autora propõe uma observação sobre os diversos modos de ocupação do espaço e do tempo e descreve como, a partir do olhar do colonizador que privilegia a produtividade e a exploração da natureza e dos seres não humanos, outros modos de estar no mundo são desqualificados numa busca de domínio dos povos originários e domesticação da natureza. Propõe que o modo de vida dos povos originários, em sintonia com a natureza, os seres humanos e os não humanos, parece favorecer e preservar os movimentos de vida. Afirma que a conclusão do projeto colonial exige o selamento de toda e qualquer fresta pela qual seja possível o florescimento de outras formas de estar no mundo. Povos indígenas e comunidades tradicionais seguem abrindo brechas e resistindo. A domesticação do tempo talvez seja uma das últimas fronteiras desse projeto colonial, impondo uma concepção de mundo no qual o tempo só corre para frente, liso, monótono e divorciado dos processos naturais. 

Biografia do Autor

Nurit Bensusan, Instituto Socioambiental (ISA)

Bióloga. Doutora em biodiversidade. Ambientalista e pesquisadora do Instituto Socioambiental (ISA) e presidente do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).

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Publicado

2023-09-15

Como Citar

Bensusan, N. (2023). Outros tempos e o tempo dos outros. Berggasse 19, 13(1), 47–53. https://doi.org/10.57168/b19.v13i1.90